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Archive for 1 de junho de 2009

Linux x Windows

Linux x Windows
Nele (Porque o Linux é difícil), o autor questiona o pensamento de alguns defensores do Linux, nos quais me incluo, quanto a difícil questão sobre qual é melhor, Windows ou Linux. Ele propõe argumentos interessantes, alguns válidos, outros nem tanto (na minha interpretação), e, em linhas gerais, questiona o pensamento da comunidade geek de que o Linux é melhor e ponto final.

Essa opinião do autor, como ele próprio alega, é a postura do usuário normal. Mas, quem é esse “usuário normal”? Seria aquele que “quer algo que seja intuitivo e que o encante”. E isso significa não ter trabalho para instalar drivers, por exemplo.

O autor se apega aos apelos comuns dos admiradores de Linux que dizem que este é um sistema superior ao Windows, porém esta é a visão de um técnico (ou os curiosos/iniciantes, que seja). O usuário normal quer ligar o computador e usá-lo, mas no Linux ele não consegue isso.

De cara, já posso oferecer um contra-argumento: o usuário quer ligar o computador e usar? Ok. Ele sabe o que está usando? Não importa para ele. Até porque, segundo o autor, O usuário tem o direito de pensar como um orangotango, pelo simples fato que é ele que escolhe o sistema operacional. Erro! O usuário não escolhe sistema operacional, ele nem sabe o que é isso. Ele compra o computador e quer que ele funcione baseado naquilo que já viu em outros computadores. Infelizmente, existe a padronização Windows (caminhando para o fim, espero) que emburrece o mercado consumidor e empobrece a livre concorrência. Um artigo interessante sobre isso é “A Microsoft Morreu”, de Paul Grahan.
Comparações subjetivas
Então, como comparar os dois sistemas se o que importa é se funciona ou não?

O autor sugere que, no Linux, é comum ser necessário baixar drivers e isso é difícil e não deveria ser exigido do usuário. E o que dizer dos famosos codecs, de áudio e vídeo? Quantas vezes um usuário Windows não tentou rodar um vídeo .rmvb no Windows Media Player e obteve um pop-up de erro? O usuário comum entende isso? Sabe como resolver? Não! O que ele faz, então? Apela para alguém que conhece informática (o vizinho, o primo, o amigo etc).

E antes de ligar e usar o computador? Comprou o computador e já estava tudo instalado, certo? Se chega em casa e algo ocorre, qualquer coisa, como resolve? Apela para o bom e velho nerd!!!

Quero dizer, com isso, que o usuário comum gosta mesmo de praticidade e não vai se importar em aprender informática para usar seu computador. Mas ele vai conseguir aprender coisas básicas, do dia a dia, como instalar um programa simples.

No Ubuntu por exemplo, o Synaptic facilita muito na instalação dos programas exatamente por seguir o padrão “preguiça” dos usuários. É só instalar diretamente do repositório (é claro que o usuário não sabe nem o que é repositório) e usar.

O autor critica a biodiversidade (sic) de distros do Linux, pois entende que a padronização é do melhor interesse do usuário. Quem não é técnico/especialista prefere padrões de uso. Posso até concordar que isso ocorre, mas não é bom e deve ser desencorajado.
Conclusão
A ideia de uma distro que “descontente todos os especialistas, que seja odiada pelos puristas e amada pelos usuários” é falsa. O nerd gosta de fuçar e aprender, se o programa é bonito, ele quer saber como foi feito e criar algo melhor. O objetivo do hacker não é criar algo novo a todo momento, mas melhorar o que já existe. Seja por que tem um objetivo específico em mente (aumentar a segurança de criptografia de um túnel de comunicação, por exemplo), seja pela satisfação de vê-lo com sua cara, sua personalização.

Sendo assim, não entendo possível uma distro que seja odiada por puristas e amada por usuários.

O usuário quer mesmo é facilidade e ele consegue isso com o Linux. Muitas pessoas já instalaram distros diferentes em seus desktops para seus familiares usarem e nada encontraram que os desencorajasse.

A verdadeira questão é mais subjetiva e filosófica: a questão da liberdade de escolha. O nerd usa Linux porque pode fuçar no código, mas também porque o sistema o agrada. Ou alguém imagina que o nerd fica somente na linha de comando? Nós também gostamos de conversar online, jogar, ver fotos etc, e para isso precisamos de uma interface gráfica. Alguém usaria algo que não funcionasse? Que fosse feio? Alguém imagina que um nerd nunca usa um Synaptic? Que só vai de “apt-get install”?

Qual é? Preguiça não é exclusividade das pessoas normais.
Ponto de vista de um iniciante
Comecei a conhecer o Linux de uma maneira diferente: trabalhando diretamente com linha de comando. Ou seja, saí do mundo bonitinho do Windows com todos os confortos, principalmente, não pensar (!), para encarar uma tela preta com um monte de caracteres estranhos.

Meu trabalho era fazer testes iniciais em servidores de internet configurados com Linux Debian e aprendi bastante, mas não tinha aplicação prática para mim pois ainda continuava usando IE, Outlook, MSN, Windows Media Player etc, ou seja, só usava Linux para o trabalho.

Como isso mudou, a ponto de eu estar publicando um artigo sobre minha experiência com Open Source? Simples, comecei a entender o conceito e pesquisar o assunto. A partir do momento em que entendi o conceito, comecei a pesquisar informações mais específicas e, claro, avaliar o impacto da mudança.

Foi aí que decidi trocar. Entendi que é melhor ter a liberdade de mexer no programa, mesmo não conhecendo muito sobre o assunto, do que sentir a impotência de ver um programa se fechar sem dar satisfação. Como aceitar que, se você não sabe o que fazer, reiniciar o computador resolve? Achava absurdo isso e o Linux me dá a possibilidade de entender o que aconteceu.

Outro dia mesmo meu Ubuntu 8.04 não montou uma partição NTFS limpa, sem SO, que uso como repositório. Fui atrás e o /etc/fstab estava alterado, a linha /dev/sdb5 não existia mais. Como consertei? Escrevi na mão a linha para montar o volume. Depois consultei os logs para entender o que aconteceu para provocar o erro: o Windows (usado por minha família) havia sido desligado incorretamente. Interessante entender o motivo das coisas acontecerem e ter a possibilidade de consertá-las.

Faz 8 meses que instalei o Linux no meu computador pessoal e fico fuçando quase todo dia, pesquisando tutoriais, dicas, sites, qualquer informação para aprender a mexer na tal linha de comando! Para aprender a montar o sistema, configurar uma rede, subir um fw, editar um Squid, escrever um shell script… Mas é pelo meu interesse não por necessidade.

O mais legal no Linux é que você pode somente instalar e usar sem entender do assunto, mas sabendo que é mais fácil de consertar, mais transparente. Você tem acesso a tudo que precisa sobre os programas que usa sem se preocupar com aquela maldita product key.

O que é mais importante aí é que, ao contrário do que pensam os não usuários de Linux, não ficamos somente na tela preta. Usamos programas normais, bonitos, funcionais. Editores de textos, planilha de cálculos, players de áudio e vídeo, navegadores etc.

A diferença entre um usuário Windows e um Linux é que o segundo tem a liberdade de aprender a configurar e consertar seu sistema. O primeiro não tem nem mesmo a liberdade de chamar o sistema de seu…

Liberdade de movimentos, liberdade de ação, liberdade de pensamento, liberdade enfim!

Instalação dual boot com 2 HDs com Windows XP e Ubuntu Linux

Este artigo tem a finalidade de informar como instalar Windows XP e Ubuntu Linux em dois HDs separados e já instalados. Não é um artigo técnico nem um tutorial, apenas uma fonte de informação, visto que alguém pode ter passado pela mesma necessidade que eu.

Introdução
Há alguns dias precisei instalar um Ubuntu Linux e um Windows em 2 HDs na mesma máquina. Essa instalação até seria simples se não fosse o seguinte: um HD já tinha Windows e outro já tinha Ubuntu e eu precisava trocar.

A situação era essa:
HD0 (master) – 80gb – Windows XP (em ntfs)
HD1 (slave) – 160gb – Ubuntu (48gb em ext2) / Swap (1036mb) / Dados (110gb em ntfs)

Precisei alterar essa configuração por que meu hd0 estava com 90% de espaço não utilizado enquanto a partição do Ubuntu precisava de mais espaço para que eu começasse a usar máquina virtual e programas de email (armazenando localmente).

O que eu queria era:
HD0 – 80gb (1036MB=swap, 75GB=/, 2GB=/home e File System=ext3)
HD1 – 160gb (12gb=Windows XP e 140gb=dados – tudo em NTFS)

Como aprendi em várias situações da vida, planejamento sempre é bom para evitar surpresas. “Espere o melhor, prepare-se para o pior”.

Dividi meu planejamento em 4 fases: fazer backup, instalação Windows XP, instalação Ubuntu Linux e restaurar backup.

Vamos à elas.

Primeira e segunda fases – Backup e instalação Windows XP
Primeira fase: BACKUP
Essa parte não pode ser negligenciada, lembre-se. Antes de mexer, avalie tudo que será backupeado para saber o tamanho e arranje os CDs e/ou DVDs necessários. Também pode ser usado um site externo como transfer big files ou you send it.
Segunda fase: Instalar Windows XP no HD1 (160gb)
Loguei pelo hd0 e, em gerenciamento de disco, excluí as partições do hd1. Ao reiniciar, bootei pelo CD do Windows, mas ele não enxergou o hd1 pois ele só enxerga o hd master.

Eu precisaria alterar a ordem de boot para que o primeiro fosse o cd (meu padrão) e o segundo o hd1 como master. Isso por que o hd0 ainda tinha o Grub instalado, ou seja, não haveria kernel para o Grub e nada funcionaria.

Cabe um parêntese aqui.

A idéia do multiboot é que um hd seja master e outro(s) slave. Isso é necessário para o funcionamento de ambos, se não for configurado um master nenhum funciona.

Para essa configuração é necessário jumpear os HDs, o que significa configurar um hd como master ou slave posicionando um conector plástico no jumper. Essa posição é indicada no manual e, geralmente, numa etiqueta no próprio hd.

No meu caso, não tinha o conector no hd1, portanto não poderia jumpeá-lo como master que era o que eu queria para bootar por ele e não pelo hd0 onde estava o Grub.

Solução? A boa e velha gambs: desconectei o flat cable do hd0. Uma vez que só restou um hd conectado à placa mãe, o Windows conseguiu enxergá-lo.

Outro parêntese que serve como dica: numa configuração de HDs, se um for jumpeado como master, os outros podem ficar sem o conector que serão considerados slaves.

Voltando, a idéia aqui era ter Windows XP (12gb) e Dados (145gb) em NTFS. A partição do Windows seria pequena pois só conteria softwares, nada seria arquivado ali.

Inseri CD do Windows XP e instalei no hd1 com formatação completa para evitar erros nas trilhas do hd.

Após a instalação, fiquei com Windows XP nos dois HDs. No hd1 há uma instalação limpa, só Windows, inclusive na MBR mas no hd0 ainda está o Grub do Linux (que estava em hd1).

Primeira e segunda fases – Backup e instalação Windows XP
Primeira fase: BACKUP
Essa parte não pode ser negligenciada, lembre-se. Antes de mexer, avalie tudo que será backupeado para saber o tamanho e arranje os CDs e/ou DVDs necessários. Também pode ser usado um site externo como transfer big files ou you send it.
Segunda fase: Instalar Windows XP no HD1 (160gb)
Loguei pelo hd0 e, em gerenciamento de disco, excluí as partições do hd1. Ao reiniciar, bootei pelo CD do Windows, mas ele não enxergou o hd1 pois ele só enxerga o hd master.

Eu precisaria alterar a ordem de boot para que o primeiro fosse o cd (meu padrão) e o segundo o hd1 como master. Isso por que o hd0 ainda tinha o Grub instalado, ou seja, não haveria kernel para o Grub e nada funcionaria.

Cabe um parêntese aqui.

A idéia do multiboot é que um hd seja master e outro(s) slave. Isso é necessário para o funcionamento de ambos, se não for configurado um master nenhum funciona.

Para essa configuração é necessário jumpear os HDs, o que significa configurar um hd como master ou slave posicionando um conector plástico no jumper. Essa posição é indicada no manual e, geralmente, numa etiqueta no próprio hd.

No meu caso, não tinha o conector no hd1, portanto não poderia jumpeá-lo como master que era o que eu queria para bootar por ele e não pelo hd0 onde estava o Grub.

Solução? A boa e velha gambs: desconectei o flat cable do hd0. Uma vez que só restou um hd conectado à placa mãe, o Windows conseguiu enxergá-lo.

Outro parêntese que serve como dica: numa configuração de HDs, se um for jumpeado como master, os outros podem ficar sem o conector que serão considerados slaves.

Voltando, a idéia aqui era ter Windows XP (12gb) e Dados (145gb) em NTFS. A partição do Windows seria pequena pois só conteria softwares, nada seria arquivado ali.

Inseri CD do Windows XP e instalei no hd1 com formatação completa para evitar erros nas trilhas do hd.

Após a instalação, fiquei com Windows XP nos dois HDs. No hd1 há uma instalação limpa, só Windows, inclusive na MBR mas no hd0 ainda está o Grub do Linux (que estava em hd1).

Terceira e quarta fases – Instalar Ubuntu e restaurar backup
Como iria mesmo instalar Ubuntu Linux no hd0, o Grub que já estava lá seria removido na formatação.

Reiniciei novamente, bootei pelo CD do Ubuntu, formatei e fiz a instalação padrão no hd0.

Como padrão, o Ubuntu instala o GRUB no hd0 (no master); como era essa a idéia mesmo, instalei sem alterações. Como resultado, o GRUB sobrescreveu a MBR do hd0 removendo a configuração anterior e enxergando o Windows do hd1 e escrevendo-o no menu.lst.

A quarta fase é a restauração do backup. É pegar os CDs e DVDs e gravar no micro novamente.

A instalação foi finalizada e as duas instalações invertidas com sucesso. Abaixo segue a imagem do meu meu desktop após a nova instalação.

É isso aí, espero ter ajudado.

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