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Estado de Goiás implanta Software Livre…

Portaria que autoriza transição do sistema é assinada por Jorcelino Braga. Implantada a um ano e meio na UEG, medida gera economia de R$ 4,3 mi
01/12/2009

O Estado implanta software livre para trazer economia aos cofres públicos. A portaria que autoriza a transição do sistema informatizado foi assinada no dia 26 de novembro pelo secretário da Fazenda, Jorcelino Braga. O programa, implantado na Universidade Estadual de Goiás (UEG) há um ano e meio, já trouxe economia de R$ 4,3 milhões ao órgão.

Segundo superintendente de gestão da Tecnologia da Informação da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Marco Antônio Brenner, somente a renovação de licenças anuais de um pacote de automação de um escritório gira em torno de R$ 900 mil ao ano. Para Brenner esse trabalho de utilização de software sem custo é um marco ímpar na história do Estado. “Essa gestão está se preocupando em deixar sementes plantadas que possam se frutificar nos próximos governos”, ressalta.

O superintendente explica que a ideia de utilizar o padrão aberto de software quebra um padrão de 20 anos, que fazia o Estado ficar refém de tecnologias e ligado a vários fornecedores. Ele salienta que a preocupação dessa gestão é trazer essa liberdade de utilização e aprimoramento de códigos fontes desses softwares. “Fica até difícil calcular a economia do que vai trazer para o futuro. É um valor considerável”. Brenner conta que o Estado está migrando para tecnologias abertas, que não pagam royalties de sistemas operacionais.

O coordenador do grupo de transição para o software livre, professor André Luiz Soares, explica que a portaria vem regulamentar o cronograma de trabalho para fazer a transição. Segundo ele, o cronograma possui diretrizes de ações, objetivos e os indicadores a serem alcançados nesta migração. Tudo isso com origem na Lei 15.425, que trata da migração de software do Estado e o decreto dizendo que deveria ser criado um grupo e traçado um plano para esse processo.

Essa portaria vem ajustar e divulgar essas 18 diretrizes, que mexem com toda a área de tecnologia do Estado, visando a economicidade e a independência da tecnologia. Ou seja, o domínio da tecnologia pelo corpo tecnológico do Estado, que hoje está na Superintendência de Gestão da Tecnologia da Informação na Sefaz. “Esta migração está no seu início e já trouxe um nível de economia que nos aponta a decisão certa que foi tomada”, conta.

O software livre é um conjunto de soluções, códigos e uma linguagem de programação que é aberto, que pode ser copiado, modificado e usado gratuitamente. O Estado desenvolve e usa  software livre e pode adaptar essas soluções para suas  necessidades sem o pagamento de licenças para este uso. “Estamos quebrando uma cultura de mais de 20 anos de uso de tecnologias proprietárias para adotar uma filosofia colaborativa”, diz o coordenador.

De acordo com André, o Estado está repartindo entre os órgãos a responsabilidade de construir soluções. “Isso vai inibir o retrabalho de soluções. Estamos cortando a duplicidade de custos, que vem acontecendo nos últimos 20 anos”, afirma. O único investimento do Estado será em capacitação de pessoas. “Estamos trocando custos altíssimos com licenciamento, por valorizar o profissional, capacitando-o ”diz André.

A solução desenvolvida pela própria universidade, a pedido da Sefaz, será adotada em todos os terminais do Estado. “Vamos montar dois laboratórios para capacitar pessoas. O custo de contratação seria na ordem de R$ 4 milhões e vamos fazer com R$ 142 mil”, exemplifica. Segundo ele, Paraná já possui o programa e chegou a economizar R$ 180 milhões em quatro anos

Matéria de hoje no jornal Diário da Manhã

Link: http://www.dm.com.br/materias/show/t/estado_implanta_software_livre

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